terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Tim, Vivo e Claro compram rede móvel da Oi por R$ 16,5 bi

O consórcio formado pelas operadoras Tim, Vivo e Claro arrematou os ativos da rede móvel da Oi por R$ 16,5 bilhões na tarde desta 2ª-feira (14.dez). O leilão aconteceu no Rio de Janeiro e faz parte do plano de recuperação judicial da companhia, iniciado em 2018.

Com a venda, o mercado de telefonia móvel fica ainda mais concentrado. A participação da Vivo, líder do mercado, salta de 33% para 37%, seguido pela TIM, que acumula o maior aumento, de 23% para 32%, e em terceiro a Claro, que aumenta a participação de 26% para 29%. Os outros 2% estão divididos entre operadoras regionais.

A Oi vai desaparecer do mercado de telefonia móvel. Os ativos de infraestrutura e fibra (Oi Fixo e Oi Fibra) continuam na companhia, mas deverão ser parcialmente vendidos. A operação de TV por assinatura (Oi TV) também está à venda.

Este foi o segundo leilão de ativos da Oi. O primeiro, realizado no dia 26 de novembro, atraiu poucos interessados. Foram vendidas as torres de telefonia e data centers por cerca de R$ 1,4 bilhão.

Fundada em 1998 com o nome de Telemar, após a privatização da Telebrás, o braço de telefonia da empresa foi criado em 2002 com o nome de Oi, que em 2007 passou a ser o nome de toda a empresa. Em 2009, a Oi comprou as operações da Brasil Telecom e passou a atuar em todo o país.

Em 2010, entrou no mercado europeu após a fusão com a Portugal Telecom. O negócio, porém, acabou não sendo vantajoso para a empresa brasileira, que descobriu um rombo nos cofres da operadora portuguesa. Em 2015, a Oi se desfez dos negócios em Portugal. O plano de recuperação judicial da empresa foi aprovado em outubro deste ano. Em 2020, a Oi já teve um prejuízo de mais de R$ 12,2 bilhões.

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